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Olá!

Clemência

sexta-feira, 19 de março de 2010


Essas árvores são almas inocentes
As suas copas espetaculares
Acolhem ninhos, flores e sementes
Como signo no céu, abriga Antares

Altivas, majestosas e silentes
De seus hercúleos galhos seculares
Penduram-se epífitas indolentes
Em grácies movimentos singulares

Mudas, não falam. Mas se falassem,
Pediriam aos homens suas clemências
Quando as lâminas d'aço lhes tocassem

Pediriam aos humanos consciências
Que aspirassem às sombras, suas essências,
Antes que as moto-serras as derrubassem

Mário Maia

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